A sociedade de hoje em dia é
fortemente pautada pelas novas tecnologias, tendo um impacto direto na educação
das crianças e jovens. O mercado de trabalho tem trazido, cada vez mais, novas exigências, no qual o indivíduo tem de assumir mais autonomia, responsabilidade, flexibilidade de tarefas e ser capaz de autoaprendizagem.
O Sistema Educativo tem vindo
a sofrer alterações ao longo dos tempos, tendo sido apetrechado de novo
hardware e software, por forma a acompanhar esta evolução, permitindo
diversificar as fontes de conhecimento e saber. O Sistema Educativo de formação
em massa, não tendo em conta a individualidade do aluno, está ultrapassado. Mas
estarão os agentes educativos verdadeiramente preparados? Será a introdução de
novas tecnologias um fator potenciador de sucesso educativo?
Hoje em dia defendemos que a
escola deve fomentar a equidade, a igualdade de oportunidades, a inclusão
social e educação para todos.
A introdução de Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC) traz uma nova dinâmica ao ensino, em que o papel
do professor e do aluno sofre alterações. Ensinar deixa de ser apenas uma
transmissão de conhecimentos e o papel do aluno ganha algum relevo. Com o uso
das TIC, o aluno ganha um papel mais colaborativo no processo de aprendizagem,
deixando de ser apenas recetor de conhecimento e o professor passa a ser o
orientador, onde promove a pesquisa, a reflexão e a crítica. Um processo de
aprendizagem com o auxílio de TIC potencia a criatividade do aluno, a
descoberta, a pesquisa e um trabalho mais autónomo. Estes novos papeis fazem
com que o professor tenha a necessidade de uma atualização constante, no
sentido de poder acompanhar, quer o desenvolvimento que ocorre na área das TIC,
quer o processo de aprendizagem do aluno, que cada vez mais estão
familiarizados com estas ferramentas e as usam diariamente.
O uso do computador, apenas
enquanto instrumento presente na sala de aula, não traz nada de novo ao ensino,
mas poderá, se bem implementado, tornar o processo de ensino mais estimulante e
apelativo. O uso de TIC traz mais valias ao processo de aprendizagem, colocando
à disposição, do professor e do aluno, um número infinito de ferramentas para tornar o ensino mais
apelativo e mais dinâmico, não colocando o papel do professor em causa, mas dando-lhe sim, um novo papel. O professor deixa de ser um transmissor de conhecimentos,
mas passa a ser o orientador do processo de aprendizagem. Claro que, para isso, tem que estar preparado e informado.
Desta forma, os professores devem
ter formação específica na área de novas tecnologias, quer na sua formação
inicial, quer através de formação contínua, onde deverão ser dinamizadas
oficinas de capacitação, por forma a que a literacia digital aumente, no
sentido de não terem falta de conhecimentos sobre a temática, poderem explorar
todos os recursos que as tecnologias permitem e acompanhar devidamente os seus
alunos, que cada vez mais detêm conhecimentos e destreza para com as
tecnologias, das quais fazem uso diário. Vemos ainda muitos professores
reticentes com a implementação destas tecnologias e ainda muito presos ao
modelo tradicional de ensino.
Referências Bibliográficas:
Pocinho, R. F. S. & Gaspar, J. P. M.(2012), O uso das TIC e as alterações no espaço educativo.Exedra, nº 6, pp.143-154
Miranda, G. L: (2007), Limites e possibilidades das TIC na educação. Sísifo. Revista de Ciência da Educação, nº 3, pp. 41-50
Candeias, M: I: & Silva, J. A. (2008). A nossa sala de aula já é maior que o planeta Terra!. In Educação, Formação & Tecnologias, vol. 1(1), pp. 142-152. Disponível em http://eft.educom.pt.
Fundação Telefónica Vivo Brasil (2013), Educação no século XXI: Novos Modos de Aprender e Ensinar-volume I
Martins, C. F. (2013), Quando a escola deixar de ser uma fábrica de alunos. In http://www.publico.pt/temas/jornal//quando-a-escola-deixar-de-ser-uma-fabrica-de-alunos-27008265. Acedido em 18/04/2016.